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Mercados de Carbono Têm Grandes Expectativas:

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Traders do mercados de carbono têm grandes expectativas para acordo climático em 2015

28/05/2014   -   Autor: Jéssica Lipinski   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

 

 

Uma pesquisa de opinião realizada pela Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA) revelou que participantes dos mercados de carbono acreditam que um acordo climático em 2015 é a melhor forma de criar condições propícias para o comércio de emissões. Cerca de 85% dos respondentes  esperam que um acordo seja firmado em 2015, e 83% acreditam que o tratado estimulará governos nacionais a criarem ou ligarem os mercados de carbono, embora apenas 4% creiam que o pacto será obrigatório para todos.


O estudo também apontou que o estabelecimento de uma meta ambiciosa para 2030 é a melhor forma que a União Europeia pode usar para estimular investimentos de baixo carbono no esquema de comércio de emissões do bloco (EU ETS). Pelo menos foi o que disse metade dos 92% dos respondentes que acreditam que a Comissão Europeia deveria agir para melhorar o funcionamento do mercado.

As expectativas de preço para a Fase III do EU ETS continuam baixas, mas mostram sinais de estabilização. Sob as atuais regras do esquema, 63% dos respondentes esperam que o preço médio das EUAs durante a Fase III seja de € 8, abaixo dos € 34 de 2008 e dos € 10 de 2013. Poucos (15%) acreditam que o valor ficará abaixo dos € 5, e cerca de um quarto (23%) dos respondentes acreditam que o preço médio fique acima dos € 10.

O sentimento de mercado entre os respondentes é otimista a respeito de que a China desenvolva um sistema de precificação de carbono ambicioso até 2025. A maioria (80%) dos participantes acredita que o país provavelmente implementará um preço nacional para o carbono após os esquemas piloto. Sete em cada dez respondentes creem que o esquema chinês será ambicioso o suficiente para que o país cumpra seus compromissos de redução.

Já em relação aos Estados Unidos, os participantes parecem menos otimistas. Metade dos respondentes acha que o país implementará uma regulamentação climática até 2020, embora 24% pensem que isso não ocorrerá, e 28% não tenham uma opinião. Eles observaram que uma série de obstáculos legais e políticos devem ser superados antes disso, mas que a perspectiva de uma ação federal sobre as emissões pode incentivar mercados estaduais.

Sobre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a maioria dos respondentes (63%) acredita que o esquema continuará a existir depois de 2015, mas mais de 80% não creem que ele continue da mesma forma que a atual. Quase metade (44%) acha que o MDL será reformado, e 16% pensam que ele será substituído por outro mecanismo.

Em se tratando de REDD+, um pouco mais da metade (51%) acredita que a ferramenta seria um novo mecanismo de mercado eficiente para mitigar as mudanças climáticas em nível global, e um pouco menos da metade (49%) acha que o mercado voluntário de REDD+ se tornará mais importante para as mudanças climáticas entre agora e 2020, contra 23% que creem que ele diminuirá em importância.

Por fim, os participantes acreditam que, no geral, os esquemas voluntários podem ter um papel importante a desempenhar para unir os mercados de carbono, principalmente através de seus padrões relacionados à eficiência energética (59%) e energias renováveis (55%).

“Nos últimos 12 meses, profissionais do mercado e de finanças de carbono observaram grandes desenvolvimentos pelo mundo: a Europa teve êxito em implementar uma proposta de ‘backloading’ e começou o debate sobre sua estrutura climática e energética para 2030; a China lançou seis novos ‘pilotos’ de comércio de emissões e o mercado de carbono da Califórnia celebrou seu primeiro aniversário. Uma vez que os mercados de carbono existentes podem demonstrar seu sucesso, veremos mais deles pelo mundo”, concluiu Dirk Forrister, presidente e CEO da IETA.


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